Com texto do talentoso Paulo Afonso de Lima, direção da sensível Ana Rosa e um elenco de primeira linha, a peça vem apresentando uma belíssima turnê, com casas lotadas, nas cidades por onde passa. Um assunto que parece ser para um público específico, mas que pode e deve ser vista por todos.
Em cena, Rogério Fabiano, ator e produtor do espetáculo, revive a trajetória do educador, escritor e tradutor francês Hippolyte León Denizard Rivail, que no século XIX, sob o pseudônimo de Allan Kardec, se dedicou à observação e ao estudo dos fenômenos espíritas.
A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da humanidade.
A maioria do elenco se divide entre dois, três ou mais personagens e faz isso com maestria. A atriz Érica Collares, também produtora do espetáculo, vive a médium Gertrudes Laforgue e Amélie Gabrielle Boudet (esposa de Allan Kardec).
A história de Amélie e Kardec é belíssima, eles eram companheiros em uma vida passada e se reencontram no século XIX. Foi amor à primeira vista. Eram filhos únicos, não tiveram filhos, e estavam unidos na missão do espiritismo. Coisa de destino.
Sob a direção de Ana Rosa, que faz um trabalho cheio de significados, a peça trata assuntos da doutrina espírita, mas fala acima de tudo de Humanidade, do amor e da fraternidade. Com um texto que é praticamente uma obra de arte, os atores emocionam ao levar a mensagem de forma tão harmônica.
Em cerca de uma hora e meia de espetáculo, “Allan Kardec: Um Olhar para a Eternidade” mostra para a plateia alguns dos encontros e fatos mais marcantes da vida do chamado pai da Doutrina Espírita, que teve como missão o exercício de divulgar a Doutrina Espírita.
Com boa iluminação de Carlos Alberto Boschini, que dialoga com cenário e figurino de Francisco Emanuel Leite, tudo coopera para o clima desejado e propício.
“Allan Kardec: Um Olhar para a Eternidade” tem um formato narrativo muito interessante. Os momentos e encontros que eles consideram como os mais marcantes da vida de Allan Kardec são introduzidos para a plateia, por meio das intervenções dos atores, em passagens de tempo e espaço que são muito dinâmicas.
Fica clara a emoção de todos ao final do espetáculo, que nos envolve de um jeito único, nos fazendo não só entender a história de vida e obra de Allan Kardec, como querendo ser pessoas melhores. Isso faz toda a diferença numa simples ida ao teatro.
Sucesso sempre
tudo marabilhoso
Gostei. Muito bom.
Não assisti,…mas imagino o quato seja de grande valia para um profundo conhecimento espiritual.
Linda matéria.bj