Um reverendo católico de Rhode Island, nos EUA, que na semana passada baniu 44 políticos norte-americanos da sua paróquia por terem votado a favor da lei do aborto, afirmou na terça-feira que a pedofilia não matava, ao contrário do aborto, avançou o The Guardian.
Não estamos a falar de qualquer outro problema moral, onde alguns podem fazer uma comparação entre pedofilia e aborto”, disse o reverendo em entrevista à estação televisiva local WJAR, acrescentando: “Pedofilia não mata ninguém, isto sim”.
Na semana passada, o padre norte-americano Richard Bucci publicou uma lista no folheto mensal da paróquia na qual constavam 44 nomes de políticos que passariam a estar proibidos de comungar e exercer funções como ser padrinho ou ler a liturgia na Igreja do Sagrado Coração de West Warwick. Em causa estava o voto favorável destes em relação à Lei da Privacidade Reprodutiva, que determina a liberdade de escolha da mulher em relação ao aborto.
“De acordo com os ensinamentos da Igreja Católica por 2000 anos, os seguintes membros da legislatura não podem receber a Santa Comunhão, assim como todos os responsáveis do estado de Rhode Island, bem como os membros do Congresso”, lê-se no panfleto.
As palavras e decisões do padre não passaram despercebidas, tendo gerado uma onda de reações dos políticos afetados e não só.
O senador democrático do Estado, Adam Satchell, disse à estação televisiva local que está preocupado com o pedido para ser padrinho do seu sobrinho. “A minha mulher estava entusiasmada. Ia ser o seu primeiro afilhado, e agora não podemos”, lamentou
Os internautas também não perdoaram a afirmação, utilizando a mesma rede social para criticarem a afirmação do reverendo.
Fonte: TheGuardian/ObserverPT